Conjugando no singular
Fraturei os dedos, as mãos e outro parte que desconheço e que me dói como se fosse o fim do filme, de um filme triste numa sala triste e escura de cinema de shopping. Se a alma se quebra, quebrou-se. Acho mesmo que isso a que chamamos amor, é só a esperança desfeita, disfarçada de qualquer coisa em que possamos acreditar. Algo que se parte e que juntamos de novo, mas nunca se consegue colar de maneira igual, as peças faltam, e essa de agora deixou grande espaço entre os outros espaços e já não posso reunir-me outra vez sem que me lembre de ti. Ainda que distante, tão perto e tão ausente como a voz do silêncio que procuro no teto do quarto, que desvio do olhar a tua foto-memória num canto qualquer de minha mente. Ausente.
3 Comments:
At 6:54 PM, Anonymous said…
Poxa Otávio....vc me descreveu neste momento.
At 11:14 AM, Cristiano Gouveia said…
Tudo é descrição, discrição, ação, inscrição, escrita.
Bom texto, meu caro!
At 3:09 PM, Anonymous said…
Pois é, tudo é mudo, nada é nunca, boca é... o texto é trôpego, mas eu fico triste mesmo com os comentários.
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