ORAL
A língua passeia nos lábios-
Grandes-
Extensão completa dos lábios,
Carne úmida e trêmula
À porta do espaço vazio
do vão.
Encontra entre o caminho
O ponto exato
A voz de um arrepio
Que perpassa o corpo e os pêlos
E esvazia a alma num espasmo
Incompleto e arredio.
Aos poucos,
A carne esvazia a carne
E deixa gosto de vida.
É um agradecimento líquido
Invade, novidade e deita
Sobre o ar
Um espaço de entre...
Começo, fim, começo.
Aperta os seios,
A calma dos seios...
As pernas fingindo.
Tudo normal no abraço -
igual ao início de todos os sonhos.
2 Comments:
At 3:09 PM, Anonymous said…
Bocage total!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!11
At 3:10 PM, Carmem Luisa said…
Gostei, principalmente pelo enredo que se formou ao longo da poesia. Como um certo filme diria: "vamos por partes". Ficaram claros os sentidos e você deu uma volta toda para falar de uma única coisa: sexo. Gostei dessa idéia, mas acho que o poema poderia retratar mais imagens.
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