De volta a poesia...
Depois de muito me esgueirar em produzir textos em prosa neste blog, volto a poesia, aqui vista pela primeira vez, com este pequeno conjunto de palavras que abaixo segue.
TEMA DE NOVELA
Palavra puta palavra.
Na boca de todos,
Nas mãos de qualquer um.
Se faz de vadia e me vem como salvação
Finge que é santa, finge que canta
Mas no fundo é só solidão.
Palavra mesquinha escrita.
No papel ganha vida,
Esquece o paradeiro de quem te deu ar
Abandona a grafia que é sentir
E parte, reparte sem acenar
Essa bosta que é escrever e dividir.
Palavra puta palavra.
Prostituta das letras,
Pedófila e monossilábica
Palavra morra em ti,
Não reclames de nenhuma falta,
Você me vem, você se vai
E na boca de qualquer um se refaz.
Puta palavra:
Te pago e você me insulta.
Otavio H. Meloni
TEMA DE NOVELA
Palavra puta palavra.
Na boca de todos,
Nas mãos de qualquer um.
Se faz de vadia e me vem como salvação
Finge que é santa, finge que canta
Mas no fundo é só solidão.
Palavra mesquinha escrita.
No papel ganha vida,
Esquece o paradeiro de quem te deu ar
Abandona a grafia que é sentir
E parte, reparte sem acenar
Essa bosta que é escrever e dividir.
Palavra puta palavra.
Prostituta das letras,
Pedófila e monossilábica
Palavra morra em ti,
Não reclames de nenhuma falta,
Você me vem, você se vai
E na boca de qualquer um se refaz.
Puta palavra:
Te pago e você me insulta.
Otavio H. Meloni
4 Comments:
At 11:06 AM, Otavio Meloni said…
este comentário é do Ivan Ciclobásico Kano, que, com a permissão do dono blog, posta mais um texto sem muito sentido, ou com os sentidos que cada um puder atribuir.
ELA CAPTURADA
"Queremos novas mentiras"
Pedro Paixão
Anteontem recebemos uma carta do Lucio em que ele relatava um episódio triste (com uma formalidade de escrivão, cá entre nós) e mandava anexo umas fotos tiradas durante a missa da nossa formatura, para compartilhar o mesmo sentimento deprimente que nos sobe à boca como vômito de Espero que esteja bem onde estiver, e outros amargores em fluxo. Mas numa das fotos estava o verdadeiro impossível, estava Ela, capturada. Uma fotografia é só um truque, brincadeira de luz, disso nós já sabemos. Nós, que ainda sentimos seu cheiro perdidos num bosque de palavras recortadas sob um céu de cartolina e Charlie Chaplin, custamos a acreditar no que vemos, guiados por uma fé indefensável de que só a ilusão levada às últimas conseqüencias pode dar cabo de si mesma. As pessoas morrem, as fotografias amarelecem e as palavras são prostitutas altivas porque sabem quem no quarto escuro é o promíscuo.
Contra toda ilusão, a ilusão.
At 3:04 PM, Um quase tudo": said…
Pague a pessoa certa ... brincadeira... não tinha o q comentar ...
bjssssssssssssssssssss
At 12:41 PM, Rômulo Souza said…
Só acho que o Ivan tem que ter um blog! rsrs
At 7:41 PM, [sic]. said…
Gostei do jogo de palavras, essas rameiras. Mas prefiro versos brancos, se o poema fosse assim talvez gostasse mais dele. No mais, seu imundo, é isso aí mesmo: escreverescreverescrever..
P.S.: não poste mais nada do Ivan, vamos forçá-lo a criar um blog pra ele..que japa brilhantemente preguiçoso!
Missa da formatura é sacanagem...
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