Umas, novas, Idéias

Wednesday, April 26, 2006

Alguma coisa acontece no meu coração...


À Samara
Em São Paulo tem muito paulista, e eu, carioca emprestado de sotaque e jeito, senti isso de perto no último final de semana. A cidade, que eu ainda não conhecia, me assustava um pouco pelo que sempre ouvia falar sobre sua dimensão, tamanho dos prédios, o centro da cidade... Mas chegando ao terminal rodoviário do Tietê pude perceber que as coisas não eram tão diferentes assim. O medo do novo sempre nos assusta até que o novo se torna velho ou mesmo habitual. Foi assim com a cidade. Depois de algumas caminhadas, metrô e lugares, fui percebendo que as metrópoles, ainda que diferentes geográfica e historicamente, concentram em suas ruas e hábitos os mesmos costumes e as mesmas relações finaceiras e sociais. São Paulo então se tornou o lugar, isto é, o cenário, um pouco mais conhecido, para o que podia acontecer. O primeiro ponto de parada foi o Museu da Língua Portuguesa, recém inaugurado, onde achonselho e recomendo, além da exposição muito bem organizada sobre Grande Sertão: Veredas, a apresentação de vinte minutos que conta com um belo show de luzes e textos selecionados dos principais autores brasileiros e portugueses (esqueceram dos africanos...) recitados ou lidos por outros como Chico Buarque e Fernanda Montenegro, por exemplo; e ainda com alguns poemas recitados pelos próprios autores, o que acontece com Drummond, João Cabral e o próprio velho Guima. Aliás, vale lembrar que furamos a fila do museu e quase ficamos sem nossas bolsas na saída... enfim... Após o museu o caminho foi a noite paulistana que é muito conhecida e bem falada em todo canto. E realmente não deixou a desejar, uma noite extremamente agradável que poderia ser a única noite ou mesmo a última noite de todas. Tudo perfeito: música boa e instigante, bebidas liberadas, um lugar sensacional e uma companhia ímpar, singular (sinônimos que julguei mais interessantes para não repetir o 'perfeito' novamente) . Sim, São Paulo deixou um gosto de 'ainda volto' , 'volto logo' e 'tenho de voltar'. Ter estado ali, fazendo coisas por demais divertidas, rindo, conhecendo novos lugares, a liberdade do não saber aonde ir, as ruas nascendo sem se apresentar, todos os caminhos que não se conhece, tudo que vem de encontro, tudo que recria seus próprios conceitos... Estar com que se gosta e quer bem é entender o porque se espera, o porque as coisas valem a pena. Estar em São Paulo foi estar em qualquer lugar que eu não sei o nome, foi estar com você... Depois, de volta a rodoviária, após depedir-me e subir no ônibus, me veio um senso de realidade. A imagem de que a vida são esses recortes de tempo que inventamos junto de quem gostamos ou mesmo sozinhos. O tempo não se conta, se lembra. Não me esquecerei jamais dessas 22 horas, desse caminho de volta e ida, dessa extensa e infinita forma de dizer obrigado e te adoro. São Paulo é um cenário em que a vida- verdadeiramente vida- se encenou pra mim. Um desenho, um retrato. Tudo o que lembro ter visto em seus olhos, nesse verde fim de infinito estar... Em você.

Friday, April 14, 2006

Novas técnicas para o comércio de almas ( Literárias)


Ontem fui aturdido por uma idéia muito estranha, porém coerente: Porque não reorganizar o comércio de almas? Assim comecei a reelaborar meus próprios conceitos e planos sobre a morte e o pós-morte. Logicamente, só poderíamos iniciar uma nova perspectiva se questionassemos a via antiga para o calvário pessoal e coletivo que o tema exige. Afinal, quem julga? Quem decide a hora certa de ir ou voltar? Pensei comigo: ora, pra mudar um pouco as coisas, primeiro temos que mudar quem julga as coisas certas ou erradas, e como essa idéia de Deus e o Diabo é coisa séculos passados, temos que encontrar alguém que tenha um pouco dos dois e mais um pedaço de ninguém, pra que as coisas fiquem menos maniqueístas e manipuladoras... Como minha área de doença e sobrevivência é a Literatura, resolvi encaminhar o projeto nesse âmbito. O comércio de almas literárias de muito é nos apresentado como reformulação canônica ou mesmo retaliação a movimentos anteriores. Seguindo esses antigos padrões e acrescendo outros pequenos e modernosos valores, resolvi comigo mesmo que Deus ou o Diabo, podia ser Guimarães Rosa. Seus conselheiros ficariam sendo Drummond, Bandeira e Augusto dos Anjos. E a mulher onipresente da cúpula celestial seria Clarice Lispector. Seguindo o evangelho da linguagem e os dogmas da beleza estranha e assustadoramente literária, fui encaminhando nomes para a santa cúpula e recebendo suas respostas. No primeiro caso, encaminhei os tramites do processo de Ferreira Gullar. Os sábios santificados apreciaram as laudas de defesa e questionaram entre si qual seria a solução. Bandeira estava olhando pela janela e parecia procurar uma imagem nova que pudesse explicar e resolver o problema, mas foi de Clarice que a idéia surgiu: " Bem, porque não pegamos a alma do Mainard e damos mais um tempo pro Ferreira?" Drummond, como bom itabirano, acenou timidamente com a cabeça que aceitava. Bandeira, ainda na janela soltou um verso positivo e Guimarães, soberano na escolha, neologizou a sentença: "Morte ao Mainard!" ( Augusto dos Anjos, ainda não havia chegado). O segunda caso foi o de Ariano Suassuna. Antes mesmo que dessem qualquer opinião sobre a defesa, Guimarães sentenciou: "É só escolher quem vem em seu lugar!" Depois de uns minutinhos de silêncio, saiu de Drummond o nome: " Que tal se pegarmos alguém da família Gasparetto?" "Pode ser..." disse Clarice sem muito ânimo. E Bandeira arrematou: "Mata a velhinha e tá tudo certo." Guimarães anotava a resolução sobre Zíbia, quando Augusto dos Anjos adentrava as portas do santíssimo tribunal. "Desculpem o atraso...", "Mais uma multa por atraso em Augusto..." , "Ah, não implica com o Gugu não, Guigui..." Apelava lispectorianamente Clarice. Bandeira, que conversava pelo celular com Chico Science recebendo novas notícias do céu do Recife, pediu calma aos amigos. Drummond, sugeriu singelamente que Augusto resolvesse o último caso do dia. Todos concordaram, menos Augusto que nunca gostou de votar. O último caso de hoje diz respeito ao senhor José de Saramago. A defesa lida, foram todos os olhares até o dono dos Versos Íntimos. " Bem, na minha opinião endemica de projeto de cadaver sobre peles, sobrevôo como o morcego itinerente a obra do já esqualido português. Mata o Saramago mesmo. Não troca por ninguém." Tentei argumentar alguma coisa e o conselho falava entre si sem parar de modo que nada se entendia. Até que soltei o pedido: "Mas, e o Jô Soares e o Paulo Coelho?" Todos olharam pra Augusto que olhou pra Guimarães dizendo que já tinha feito sua parte. Guimarães levantou os olhos por entre a voz e disse: " O Paulo Coelho não faz literatura nenhuma e pra puxarmos agora o Jô teríamos de salvar duas almas o que não me parece ser o caso. Então, por inconpetência literária do primeiro e pelo gordurismo do segundo, decreto morte ao Saramago!" O conselho encerrou os trabalhos e o comércio de almas seguiu seu caminho para as outras áreas que compõe a sociedade inteira. Drummond, como bom funcionário público, ficou fazendo uma hora extra. Bandeira foi até um inferninho na nuvem onze onde tinha combinado uma conversa com Neruda e Clarice saiu de papo com Augusto sobre essas coisas de mágoa e de vida. Guimarães Rosa sertaniou sua sesta pós serviço e só comentou em voz baixa que o dia foi duro. Saí do Fórum celeste martelando a justiça diabolicamente divina em minha cabeça. Satisfeito com os resultados do dia e já na angústia dos próximos julgamentos pude me lembrar ainda da frase de Lobão que acentuava o fim de tarde: "O Diabo é Deus de folga."
E o Coelho que se livrou por ruindade na escrita pode começar a pensar em seu novo místico romance: Diário de um saraMago.

Thursday, April 06, 2006

O Mistério das Bolsas: A anatomia imprudência ou a Crônica definitiva do Não.

?







“E eu que já não sou assim
muito de ganhar
junto as mãos ao meu redor
e faço o melhor
que sou capaz
só pra viver em paz.”

Los Hermanos


Sartre já disse que o inferno são os outros. Talvez ele tenha razão. Talvez ele soubesse que a alteridade é condição vital para a convivência em grupo. Talvez ele soubesse que estar tão próximo dos outros faz com que esse inferno, aparentemente distante, venha para dentro de nós. Sartre escreveu alguns livros por aí, devia saber do que falava. O dedo corria manco pela folha de papel afixada num mural cheio de outras folhas e cheio de outras e mais importantes folhas. O encontro do dedo com o nome foi o esbarrão e o pisar em falso ao descobrir um precipício em frente. Você sabe quem inventou a bolsa? Vou me explicar. Não falo de bolsa enquanto acessório feminino ou mesmo como objeto útil para facilitar e viabilizar o transporte de outros objetos. Não se tratam de bolsas caras, de marcas e grifes famosas - Victor Hugo, romancista francês autor de Os Miseráveis, que eu saiba, nunca fabricou ou projeto sequer uma bolsa e no entanto seu nome decora sovacos de madames a tira colo. O que aqui se expõe é a questão das bolsas de auxílio a pesquisa. Bolsa como contribuição financeira mensal em prol do desenvolvimento das ciências e da tecnologia, das artes e da cultura deste país. Bolsa que serve para auxiliar os estudos de quem não trabalha, isto é, de quem não tem nenhum vinculo empregatício. Fico então pensando de que serve conferir bolsas de estudo como estas a pessoas que tem uma boa ou até excelente condição social, vários empregos e um ‘colinho credcard papai feliz’ pra se consolar. Afinal, pra que servem realmente essas bolsas? É interessante o fato de que para se conseguir a isenção do vestibular, ou mesmo um bolsa treinamento é preciso, praticamente, provar que se é miserável. São incontáveis documentos, entrevistas, visitas e inspeções para se passar por impossibilitado de pagar a taxa ou merecedor de um auxílio de cerca de R$ 200,00. O que faz as mesmas pessoas que impõe critérios tão rígidos de pobreza em etapas anteriores ignorarem o fato de que uma dessas mesmas pessoas que precisaram de auxílio durante seu curso de graduação não vá precisar do mesmo apoio numa pós? Sim, numa pós-graduação. A entrevista da bolsa no mestrado ignora totalmente o aspecto social e a condição de vida do concorrente. É o dane-se institucionalizado e gabaritado pelos altos escalões da pesquisa científica. Ser pobre não é vergonha nenhuma. Ter uma vida difícil é muito comum num país tão cheio de desigualdades como o Brasil. Fazer parte de uma pequena parcela da população que chega a universidade é um privilégio. Mas não se pode ignorar determinados fatos e acontecimentos num falho processo de seleção. Não se deve ter piedade de ninguém. Por nenhum motivo. Por nada. O portão se abriu e vi minha mãe teimando em acreditar numa possível alegria mesmo sabendo encontrar em mim somente decepção e descaminho. Hoje comprei meia dúzia de caquis para ela. Talvez a fruta que ela mais goste. Talvez uma forma de alimentar a paz que há nesse inferno que são os outros. Talvez. No fim desse mês completo meus vinte e cinco anos. Tinha alguns planos particulares e muito próprios de quem só quer um pouco de tranqüilidade para essa data. Nada dissimulado. Nada incondicionalmente ligado ao dinheiro ou mesmo a valores materiais. Eram planos que talvez só existissem nesse inferno outro que me vem sempre que penso na vaidade, no tendencionismo e no medo de se posicionar de alguns e alguéns. Seis caquis bem maduros. Vermelhos e com uma carne aparentemente insaciável aos olhos e gostos de vista. Horas antes da entrevista final encontro o rosto de minha avó sorrindo estática numa fotografia. Ela não sorri para mim, mas ali encontro um retalho de tudo que podia ter sido e não foi. Eu já sabia que não adiantaria de nada. Ela também. Sartre também. Cada um sabia de um jeito e eu tentava ignorar o que era claro desde o correr manco do dedo pela folha. Aliás, Os Miseráveis de Hugo é um belo romance. Aqui quem fala e escreve não é um famoso articulista nem menos um bom articulador. Trata-se de um aluno no sentido diacrônico do vocábulo, um sem luz. Alguém perdido nessa pequena e particular escuridão que é não entender as verdades da vida. Não encontro melhor forma para terminar este texto senão chamando Pedro Paixão em uma de suas respostas a uma entrevista recente: “O que eu quero é ser sério.” Ser levado a sério e só. Mais nada.

Wednesday, April 05, 2006

Esquinais






Fazia três minutos que os dois rapazes chutavam a velhinha caída no chão. De fora, um terceiro observava acompanhando o compasso do relógio em seu pulso. Quatro minutos e a ordem em rouco dito: " Acabou." Os três saíram sem nenhum sinal de alegria pelo feito. A velhinha se levantou com dificuldades e voltou caminhando como pode para casa.

- Por que será que ela paga a gente pra fazer isso?
-Sei lá, pega o dinheiro e se manda!
-Amanhã as sete?
-Sim, no memso local.

Você não vai fazer isso Carlos! Saia já daí! Atento ao movimento dos carros na avenida o menino vislumbrava a queda anterior ao corpo no ar. Soltou a cortina. Não!!!! Quando se cai do décimo quinto andar de cara no cimento, não sobr muita coisa pra ser dita.

-Por que será que ela paga a gente pra fazer isso?
-Agora que o Erick foi embora vou te falar o que penso...
- ...
- ...
- Mas você acha que se trata disso mesmo?
- Certamente. É a minha opinião.
- Não sei... Mas você pode ter razão sim.

Ei piranha! Piranha é a puta que te pariu! Ei mamãe, vem cá vem... Mamãe é o escambal, vai se fuder Erick. Martinha 3x4 sabia como humilhar um homem em público. Erick tinha pouco tempo e um dinheiro sobrando para o dia anterior. Se aproximou da Marinha e dois tecos roeram-lhe a face. Piranha filha da puta.

-O Carlos pulou da janela...
- Porque?
-A mãe dele disse que o menino não suportu a perda da visão...
-Mas não era algo reversível?
-Bem, não é mais.

A velhinha caminhava lentamente para a mesma esquina. O sol atrasado deixava uma névoa de cigarros matinais.

-Dona Gertrudes. Bom dia.
-Cinquenta, cem, cento e cinquenta, duzentos... Podem começar rapazes...

Numa só rasteira o encontro do corpo ferido e enrrugado com o chão. Os chutes, a sequência incansável, as pancadas... nenhum grito de dor, nenhuma reação. Erick olhava atentamente o relógio. Tinha a certeza de que não podia passar a medida combinada. Questão de negócios.

-A senhora sabia de algum motivo para o menino ter se jogado?
-Não...
-Lembra de alguma atitude estranha dele nesses últimos dias?
-Nada demais...
-Nada mesmo senhora?
-bem, ele acordava bem cedo e antes de tomar café ficava da janela olhando fixamente para a esquina... mas ele não enxergava mais...

Quatro minutos gente. Acabou! Vamos, vamos. Os três seguiam frios pela rua, mãos nos bolsos dos casacos e aquele ar de não saber o que se fez, porque se fez.

A porta se abria lentamente. A velhinha entrava escoriada e com alguns machucados sangrando.

-Está bem senhora?
-O que esse policial está fazendo aqui Rita?
-Veio falar sobre a morte do Carlinhos...
-Deixem o meu neto descansar em paz...

No quarto Gertrudes contava o dinheiro sobre a cama. Na sala o policial perguntava a si mesmo o que tinha de mais naquela esquina.

Saturday, April 01, 2006

Minutos de Sabedoria, Horas na Condução


Campo Grande é longe pra cacete, isso eu descobri empíricamente, não se trata de mera especulação. pois bem, os jovens e atentos leitores deste blog devem estar pensando: "Se é tão longe, o que você foi fazer lá?" Simples como ler James Joyce: Fui trabalhar. A santa notícia que me fez retornar ao mercado obscuro e informal do ramo dos livros é verdadeira e até o dia nove de abril é possível encontrar este que escreve atendendo leitores famintos por títulos como Minutos de Sabedoria, Pai rico, Pai pobre e os famigerados e pretensos livros ( perdão escritores sérios) de Dan Brown, Paulo coelho e Zíbia Gasparetto. Aliás a felicidade sempre me corre ao rosto quando vendo alguma coisa mais encorpado do ponto de vista literário ou mesmo técnico. O gosto do povo Bigfieldiano segue, mais ou menos, o mal gosto que abate o cenário da literatura brasileira e, pra falar a verdade, isso não me preocupa nem um pouco. O que tem me preocupado bastante é a falta de educação de algumas pessoas. Às vezes é preciso explicar ironicamente que cliente não é sinônimo de 'cale a boca eu tenho razão.' Mas voltando ao fado da viagem diária que consome, pensando na ida e na volta, quase cinco horas de meu dia ainda valeria a pena relatar as curiosidades do caminho, como os nomes de alguns estabelecimentos : 'Country Club Guadalupe' ; 'Feinho auto-peças' e a curiosa aderência do termo inglês, Big Field, para nomear todo tipo de comercio. No calçadão onde acontece o evento livresco encontramos todo tipo de figura. Há uma senhora, mendiga, que sente em frente ao quiosque de sorvetes do Mcdonalds e fica pedindo grana pra comprar casquinha, num só dia contei três sorvetes seguidos que a intrepida velinha sorveu as custas dos meninos carvoeiros do Amapá. Há ainda o cara da ótica. Figuraça dessa expedição aos confins da terra perdida. Ele solta os melhores aforismos desde um tal de Homero, tudo pra convencer os transeuntes a fazer um exame de vista ou comprar umas lentes de contato. Todo dia as seis começamos a desmontar a barraca de livros, guadar o material e chego a acreditar que logo chegarei em minha quente casinha, onde jantarei e dormirei feliz... mas pegando o ônibus as sete da noite, chego em casa apenas as nove e meia e já é quase hora de acordar de novo pro calçadão de Campo Grande - que é longe pra cacete- vender os Minutos de Sabedoria e rir de tudo que parecer sério por essas bandas. Em meados de abril retornamos ao centro da cidade, mais precisamente, Cinelândia, onde espero chegar mais cedo em casa. Os livros tem uma coisa que não sei explicar,mas que todo dia me fazem encontrar algum sentido no que há em nossa volta. Talvez por eles e com eles continuo a jornada e termino dizendo que, apesar da distância, acordo sem reclamar da hora ou do trabalho. No mais é tudo... Ótica!