Thursday, February 22, 2007
Friday, February 16, 2007
Carnaval, mais um livro de Bandeira???
Sunday, February 11, 2007
OUTRO QUERER
Wednesday, February 07, 2007
PROFESSORADOS E OUTROS FEUDOS
Posso dizer sem nenhum exagero que uma das coisas de que me orgulho nessa vida é ter me formado professor. Não porque a carreira seja bem remunerada, nem mesmo por acreditar em algumas baboseiras pseudodidáticas. Trata-se, na verdade, de um orgulho muito pessoal. Deve ser o que as pessoas chamam de ‘fazer o que se gosta’. Sinto prazer em sala de aula. O contato com as turmas, a relação de respeito e aprendizado são algumas das coisas que me fazem sentir bem. Ensinar é um jogo sem perdedores. Você pode não atingir os objetivos necessários, mas sempre ganha algo. No meado de 2006 recebi uma ligação as oito da manhã. Era a diretora de uma das dezenas de escola em que havia deixado currículo. Falou sobre a necessidade de um professor de literatura urgente, avisou que se tratava de uma única aula semanal e comunicou timidamente sobre o valor da hora/aula. Aceitei sem pestanejar, pois senti que era o momento de aprender. Vendo hoje, percebo que fiz uma escolha fundamental para minha formação acadêmica e profissional. Assumi três turmas que tinham fama de infernais e bagunceiras. Descobri que não era bem assim e acabei por me identificar com os alunos. Hoje temos uma relação de amizade, com liberdades e limites de quem respeitou para ser respeitado. A profissão ainda não me sustenta. Ajuda um pouco, mas não chega nem ao mínimo que uma pessoa necessita para pagar suas contas em dia, e olha que nem estou pensando em lazer. Por isso continuo estudando, e talvez, pelo mesmo motivo, insisto tanto em continuar na área. A sala de aula é uma das minhas grandes paixões. O meu método pode ser discutível para muitos, até irresponsável, mas funciona por que eu não pretendo entulhar meus alunos com informações inúteis e previsíveis. Prefiro mostrar a diferença e as qualidades que eles tem para desenvolver e apostar. Ensino literatura e redação. As regras do português sempre me irritaram demais e eu não quero irritar ninguém com essas coisas.